domingo, 7 de junho de 2015

CLIMAS E VEGETAÇÃO

A ATMOSFERA


A atmosfera (do grego atmos = vapor e sphera = esfera) é a camada gasosa que envolve a Terra, acompanhando-a em todos os seus movimentos.
O ar atmosférico não é um elemento químico simples, sendo formado por vários elementos combinados, que não reagem entre si. O ar atmosférico mantém em suspensão vários elementos sólidos e líquidos, como partículas de poeira, microorganismos e pequenas gotas de água.

Camadas Atmosféricas


A troposfera é a camada da atmosfera em contato direto com a superfície  da Terra, apresentando uma composição pouco variável de gases  com a seguinte percentagem no ar seco, ao nível do mar:
Nitrogênio                      78,03%
Oxigênio                        20,99%
Anidrido Carbônico       0,035%
Argônio                          0,94%
Outros gases inertes       0,0024%
Hidrogênio                     0,00005%

A troposfera tem um espessura média de 13Km nas zonas temperadas, chegando a atingir 16 Km sobre as regiões equatoriais e apenas 7Km nos pólos. E nessa primeira camada da atmosfera que se verificam os mais importantes fenômenos que determinam o tempo.

A estratosfera é a camada da atmosfera que segue a troposfera, atinge 50Km com temperatura de até 2º C no seu limite superior; há presença de ozônio, que filtra os raios ultravioletas.

A ionosfera é uma camada da atmosfera que apresenta as seguinte as seguintes características: vai de 80 Km de altitude em diante, temperatura bastante baixa ( menos quarenta graus até menos 70 graus nas camadas inferiores ), a atmosfera é extremamente rarefeita devido a ionização, reflete as ondas longas e médias das transmissões terrestres.

O aquecimento do ar é feito pelos raios solares de  maneira indireta. A superfície dos continentes e oceanos é aquecidas pelos raios solares, que transmite o calor ao ar atmosférico  por meio da irradiação. O aparelho que mede a temperatura é o termômetro. Para se ter a temperatura média de um lugar, é necessário uma observação diária das variações de temperatura , obtendo-se, assim, a média diária; a média anual e a som a das médias dividida pelo numero de dias do ano.
O termômetro podem ter três tipos diferentes de escalas: a escala Celsius, a mais usada no Brasil, é de escala centígrada ; a escala Fahrenheit e a escala Kelvin, estudadas na física.

A Meteorologia, ciência que estuda o comportamento da atmosfera, utiliza dois tipos de termômetro para medir a temperatura: termômetro de máximas e termômetro de mínimas. O termômetro de máximas te uma coluna de mercúrio que permanece elevada na máxima temperatura verificada durante o período de observação. O termômetro de mínimas tem uma coluna de álcool que permanece marcando a temperatura mínima verificada. Esses dois tipos de termômetro são de grande utilidade, pois evitam erros na leitura das temperaturas extremas verificadas.
Nos mapas climáticos, os pontos da Terra com a mesma temperatura são unidos por uma linha chamada isoterma.
Chamamos de amplitude térmica a diferença existente entre a temperatura mais quente e a mais fria verificadas em um determinado espaço de tempo. A amplitude térmica anual é a diferença entre as temperaturas médias do mês mais quente e as do mês mais fria  do ano.
As variações da temperatura do ar verificadas de um para outro lugar da Terra são provocadas por diversos fatores como:

CLIMA

Clima é a “sucessão habitual dos tipos de tempo, dinamizada pelas massas de ar”.
Com base nesta definição podemos verificar que:

· o clima é algo dinâmico (sucessão dos tipos de tempo), e sua dinâmica depende fundamentalmente da atuação das massas de ar;
· o clima resulta dos diferentes tipos de tempo que se sucedem sobre um determinado lugar; 
·  clima e tempo não são a mesma coisa. O clima propriamente é algo duradouro , permanente, ao passo que o tempo é mais momentâneo. O tempo representa as condições atmosféricas num dado momento. Exemplo: o clima de Brasília é sempre o mesmo (tropical) ao passo que no decorrer do ano ou mesmo de um dia, Brasília pode apresentar diferentes tipos de tempo (frio, quente, chuvoso etc). 

Elementos e fatores climáticos – a determinação do tipo de clima de um certo lugar pressupõe o estudo ou análise de todos elementos e fatores que  atuam sobre esse lugar.
Os elementos atuam diretamente no clima; os fatores atuam indiretamente. Os elementos climáticos são a temperatura, a chuva, as massas de ar, a umidade e a pressão atmosférica. Os fatores climáticos são a latitude, a altitude, a continentalidade, as correntes marítimas etc.

Elementos Climáticos

Temperatura – É  a intensidade de calor existente na atmosfera. 
Quanto à atuação da temperatura no Brasil, temos:        
· médias térmicas anuais – as mais elevadas, em torno de 26 e 28ºC, ocorrem no Norte e Nordeste do país, e a mais baixa, 14 a 16ºC, ocorrem no Sul do país.
· amplitude térmica anuais – as mais baixas  1 a 2ºC, ocorrem no Norte do país, e as mais elevadas, 11 a 13ºC, ocorrem no Sul.

Os tipos de Chuva

Os três principais tipos de chuva são:

☼ Chuva frontal: nas frente, que são zona de contato entre duas massas de ar de características diferentes, uma quente e outra fria, ocorre a condensação do vapor e a precipitação da água na forma de chuva. 
☼ Chuva de relevo ou orográfica  - Barreiras de relevo levam as massas de ar a atingir grandes altitudes, o que causa queda de temperatura e condensação do vapor. Esse tipo de chuva costuma ser localizada, intermitente e fina é muito comum nas regiões Nordeste e Sudeste do Brasil, onde as serras e chapadas dificultam o deslocamento das massas úmidas de ar proveniente do Oceano Atlântico para o interior do continente.      
☼ Chuva de convecção ou de verão – Em dias quentes, o ar próximo à superfície fica menos denso e sobe para a camadas superiores da atmosfera, carregando umidade. Ao atingir altitudes maiores, a temperatura diminui e o vapor se condensa em gotículas que permanecem em suspensão. O ar fica mais denso e desce frio e seco para a superfície, iniciando novamente o ciclo convectivo. Ao fim da tarde, a nuvem resultante está enorme, chegando a atingir 10Km de altura e provocando chuvas torrenciais rápidas e localizadas. Após a precipitação, o céu fica claro novamente.      

Massas de ar – Grandes porções de atmosfera que podem se estender por milhares de quilômetros. Formam-se queando o ar permanece sobre uma superfície homogênea ( oceano, as calotas polares ou uma floresta) e se deslocam por diferença de pressão, levando as condições de temperatura e umidade da região em que se originaram. De maneira geral, podemos caracterizar as massas de ar da seguinte forma: as oceânicas são úmidas e as continentais, secas; as tropicais e equatoriais são quentes, e as temperadas e polares são frias.

As principais massas de ar que atuam no Brasil são:

·Massa Equatorial Atlântica (mEa) – quente e úmido com maior atuação nos litorais norte e nordeste ocidental.
·Massa Equatorial Continental (mEc) – quente e úmida. Origina-se na Amazônia, durante o verão, provoca chuvas em grande parte do país (norte, nordeste centro).   
· Massa Tropical Atlântica  (mTa)- quente e úmida com grande atuação na fachada Leste do país.
· Massa Tropical Continental(mTc)- quente e seca com maior atuação na porção Sudoeste do Brasil. 
· Massa Polar Atlântica (mPa)- fria e úmida, com maior atuação na região Sul. Durante o inverno pode atingir tanto o litoral nordestino como Amazônia Ocidental, onde provoca as “friagens”.  

Umidade – è a quantidade de vapor de água presente na atmosfera num determinado momento, resultado do processo de evaporação das águas da superfície terrestre e do processo de evapotranspiração das plantas.
A umidade relativa, expressa em porcentagem, é uma relação entre a quantidade de vapor existente na atmosfera num dado momento (umidade absoluta, expressa em g/m³) e a quantidade de vapor de água que essa atmosfera comporta. Quando este limite é atingido, a atmosfera atinge seu ponto de saturação e provoca a chuva.
Se ao longo do dia a umidade relativa estiver aumentando, chegando próximo a 100%, há grande possibilidade de ocorrer precipitação, pois atmosfera está atingindo seu ponto de saturação.
Esse movimento pode ocorrer entre áreas que distanciam apenas alguns quilômetros (vento local, como a brisa, que durante o dia sopra do oceano para o continente e à noite do continente para o oceano em razão das diferenças de retenção de calor destas superfícies), ou em escala regional, como a Massa Equatorial Continental, que atua sobre a Amazônia, deslocando-se das áreas de média latitude do Hemisfério Sul.   

Pressão atmosférica – É a medida da força exercida pelo peso do ar contra uma área. Quanto maior a temperatura, maior a movimentação das moléculas e mais elas se distanciam umas das outras; como resultado, menor é o numero de moléculas em cada metro cúbico de ar e menor se torna seu peso; portanto, menor a pressão exercida sobre uma superfície. Inversamente, quanto menor a temperatura, maior o numero de moléculas por metro cúbico de ar; tem-se,  então, maior peso e maior pressão atmosférica.     

Fatores Climáticos

Latitude – É, inegavelmente, o principal fator que exerce influencia sobre a  temperatura do ar atmosférico. Um lugar próximo ao Equador quase sempre é um lugar de temperatura elevada. A média que a latitude aumenta, e nos aproximamos dos pólos, o lugar deverá ser mais frio. Observando as isotermas de um planisfério, verificamos que, de um modo geral , tal fato se verifica.
Na região equatorial, a Terra recebe os raios solares de maneira mais vertical e constante, pois a duração dos dias e das noites e quase igual durante todo ano. Nas regiões polares, os raios do Sol atingem a superfície da Terra obliquamente, sofrendo os dias e noites grande variação em sua duração, nas diversas estações do ano, o que acaba por determinar um menor aquecimento.

Altitude – É a altura de um lugar em relação ao nível do mar, quanto maior a altitude, menor a temperatura média do ar. Quanto maior a altitude, mais rarefeito se torna o ar, ou seja, há concentração de gases e de umidade, o que diminui a retenção de calor nas camadas mais elevadas da atmosfera e, em conseqüência, a temperatura. Além disso, nas maiores altitudes, a área de superfície que recebe e irradia calor é menor e  mais frio será. Normalmente, a cada 200 m que se sobe, a temperatura diminui um grau (1ºC). É por essa razão que, em altas montanhas, situadas em plena região equatorial, como o monte Cotopaxi (5.950 m), no Equador, existem geleiras eternas.

Continentalidade – a amplitude térmica é maior no interior dos continentes, onde se verificam grandes variações de temperatura durante o ano.

Correntes marítimas: extensas porções de água que se deslocam pelo oceano, quase sempre nas mesmas direções, como se fossem larguíssimos “rios” dentro do mar, movimentadas pela ação dos ventos e pela rotação da Terra. Difereenciam-se das águas de entorno do continente em temperatura, salinidade e direção. Causam grande influência no clima, principalmente porque alteram a temperatura atmosférica, e são importantes para a atividade pesqueira: em áreas de encontro de correntes quentes e frias, aumenta a disponibilidade de plâncton, o que atrai cardumes        

Maritimidade – Nas regiões influenciadas pelo mar, as amplitudes térmica são menores e o clima, geralmente, é mais suave, sem grandes variações de temperatura.
As correntes marítimas exercem decisiva influencia sobre o clima de algumas áreas da Terra. A Corrente do Golfo, existente n o Atlântico Norte, elevando a temperatura do litoral ocidental da Europa, torna possível o aparecimento , na área de grandes agrupamentos humanos.
Na meteorologia, o aparelho que mede a pressão atmosférica e o Barômetro. As linhas que unem, em mapas , os locais de igual pressão atmosférica são as isóbaras. A pressão atmosférica é medida em milibares.

O vento é o ar em movimento. Tal movimento é provocado pelo deslocamento do ar das áreas de alta pressão (anticiclone) para as de baixa pressão (ciclone). O estudo dos ventos tem grande importância, meteorologia, para a previsão do tempo.

FENÔMENOS CLIMÁTICOS


El Niño

El Niño é um fenômeno climático que ocorre em períodos de aproximadamente dois a sete anos. Ele se manifesta como um aquecimento (3º C a 7 C acima da média) das águas do Oceano Pacífico nas proximidades do Equador.
Normalmente, no Hemisfério Sul os ventos alísios sopram no sentido leste-oeste com velocidade média de 15m/s aumentando o nível das águas do Oceano Pacífico nas proximidades da Austrália, onde ele é cerca de 50 cm superior ao das proximidades da América do Sul. Além disso, esses ventos provocam correntes que levam as águas da superfície, mais quentes, nessa mesma direção.
Nos anos de ocorrência de El Niño, a velocidade dos ventos alísios diminui para cerca de 1 a 2 m/s. Sem a sustentação dos ventos, o nível das águas se eleva em direção à América do Sul, e as águas superficiais, por se deslocarem menos, têm sua temperatura aumentada, provocando grandes mudanças na circulação dos ventos e das massas de ar, além de evaporação mais intensa, com aumento do índice de chuvas em algumas regiões do planeta e ocorrência de estiagem em outras. A razão dessa mudança na intensidade dos ventos alísios ainda é uma incógnita; as pesquisas em andamento não chegaram a uma explicação conclusiva.
Nos anos de ocorrência do fenômeno, a América do Sul sofre ação de uma nova massa de ar quente e úmida que atua no sentido noroeste-sudeste. No Brasil, essa massa de ar desvia a umidade da Massa Equatorial Continental, a responsável pelas chuvas na caatinga, em direção ao sul do país. A conseqüência é a ocorrência de enchentes no Brasil meridional e seca na região do clima semi-árido nordestino e extremo norte do país, principalmente em Roraima. Outra conseqüência é o desvio da Massa Polar Atlântica antes de atingir a região Sudeste, o que atenua a queda normal de temperatura no inverno.
Existe fenômeno que ocorre com menor freqüência e que tem características opostas às de El Niño. Por esse contraste, esse fenômeno foi denominado La Niña. Nos anos em que o La Niña ocorre, há um resfriamento das águas superficiais do Pacifico na costa peruana, o que também altera as zonas de alta e baixa pressão, provocando mudanças na direção dos ventos e massas de ar. As causas que elevam ao aparecimento desses dois fenômenos aparentemente naturais são desconhecidas. A ocorrências de secas e períodos chuvosos na região semi-árida da região Nordeste do Brasil entre os meses de dezembro e fevereiro tem sua explicação associada à ocorrência dos fenômenos El Niño e La Niña.                 
Dióxido de enxofre e chuva ácida
    O Dióxido de enxofre (SO2) é um gás venenoso, proveniente da queima industrial de combustíveis, como o carvão mineral e o óleo diesel, que tem enxofre como impureza.     O dióxido de enxofre, juntamente com o óxido de nitrogênio, também liberado pela atividade industrial, provocam bronquite, asma e enfisema pulmonar. Além disso, reagindo com vapor d'água na atmosfera, esses óxidos podem formar ácidos sulfúricos e nítricos, que se precipitam com a umidade e formam as chuvas ácidas. Em certos países europeus, onde a produção de energia é baseada na queima de carvão e óleo diesel, as chuvas ácidas têm sido responsáveis por grandes danos à vegetação, além de corroerem construções e monumentos. Na Alemanha e na Holanda , por exemplo, estima-se que 50% das florestas naturais já foram destruídas pelas chuvas ácidas.
Inversão térmica
    Em condições normais, a temperatura da atmosfera diminui gradativamente com a altitude, o que facilita a dispersão dos poluentes para as camadas mais altas da atmosfera.
    Em certas épocas do ano, principalmente no inverno, pode ocorrer o fenômeno atmosférico denominado inversão térmica, causado pela interposição de uma camada de ar quente entre camadas de ar frio em certa altitude. A camada quente impede a dispersão de poluentes, que ficam aprisionados junto à superfície Nessas ocasiões ocorre grande aumento de casos de irritação das mucosas e problemas respiratórios.
    A poluição do ar, além dos aspectos tóxicos discutidos anteriormente, também é responsável pela ocorrência de dois fenômenos que afetam globalmente a Terra: o efeito estufa e a destruição da camada de ozônio.
Efeito estufa
    Muitos cientistas acreditam que, nos próximos anos, a temperatura média na superfície terrestre poderá sofrer elevação devido ao aumento da concentração de certos gases na atmosfera, principalmente o gás carbônico , o metano e o óxido nitroso. Esse fenômeno foi denominado efeito estufa, pois assemelha-se ao que ocorre em uma estufa de plantas.
    Uma estufa de plantas é uma casa cujas paredes e teto são transparentes, de vidro ou plástico. A radiação solar atravessa as paredes da estufa e é absorvida pelas plantas e pelo solo, que se aquecem e passam a irradiar calor (radiação infravermelha). Com isso, o ar dentro da estufa se aquece e, como está aprisionado pelas paredes transparentes, se mantém alguns graus acima da temperatura do ambiente externo.
    O efeito estufa atmosférico é um pouco diferente do que se passa na estufa de plantas. A maior parte da radiação solar que atinge o solo é reirradiada na forma de radiação infravermelha.
    O vapor d'água, o gás carbônico, o metano e outros gases atmosféricos absorvem essas radiações e reirradiam infravermelho em todas as direções, inclusive de volta para a superfície terrestre, que se aquece. Enquanto na estufa de plantas o aquecimento se deve ao aprisionamento de ar quente, no efeito estufa atmosférico é a energia radiante do infravermelho que é "aprisionada" ao ser refletida por determinados gases atmosféricos.

Ilha de calor
A substituição dos materiais naturais pelos urbanos provoca mudanças nas características da atmosfera local. Por isso podemos observar o aumento de temperatura nos grandes centros, fenômeno chamado de ilha de calor. Ilha de calor é uma anomalia térmica, onde o ar da cidade se torna mais quente que o das regiões vizinhas Os efeitos da ilha de calor são um bom exemplo das modificações cansadas pelo homem na atmosfera. Podemos observar que a ilha de calor costuma atingir maiores temperaturas está limpo e claro e o vento calmo.
Existem várias causas para a formação de ilha de calor nas cidades:
·         Efeito, que é o aquecimento da camada de ar mais próxima ao solo, devido à grande quantidade de poluentes na atmosfera, principalmente o bióxido de carbono;
  • A utilização. de condicionadores de ar e refrigeradores, e a fumaça dos automóveis e das indústrias provocam aumento do calor na área urbana;
  • A grande concentração de edifícios, que impede a chegada de energia solar na Superfície;
  • Em função das propriedades térmicas dos materiais urbanos, o calor é rapidamente absorvido durante o dia, mas, facilmente liberado durante a noite, gerando uma grande amplitude térmica;
  • A retirada da vegetação e a diminuição de superfícies liquidas diminuem a evapotranspiração e aumentam o calor.
A intensidade da ilha de calor está relacionada com o tamanho da cidade e sua população. Ou seja, cidades mais populosas sofrem maiores efeitos da ilha de calor. Porém considerar apenas a população não é suficiente para explicar esse fenômeno físico. geometria das ruas e dos prédios nas áreas urbanas centrais influenciam na máxima intensidade da ilha, em relação às áreas livres vegetadas.
Seria desejável que arquitetos e planejadores urbanos utilizassem, em seus projetos, os resultados das pesquisas dos meteorologistas e climatologistas. Os estudos sobre clima urbano podem auxiliar na elaboração das leis de parcelamento, uso e ocupação do solo e no código de obras das cidades. Dessa forma, os problemas gerados pela formação da ilha de calor poderiam ser amenizados. É importante a conscientização social, para a implantação de áreas verdes e a realização de campanhas para a ampliação e o monitoramento da vegetação urbana.
São Paulo em situação de estabilidade atmosférica, com ausência de ventos, e inversão térmica freqüentes no inverno, o fenômeno chamado ilha de calor aparece na sua plenitude, podendo ocorrer variação térmica horizontal de até 10ºC, entre o centro da cidade e sua periferia.
Em lugares com grande intensidade de vegetação, como é o caso do parque do Ibirapuera, a temperatura é menor que nos bairros com elevado índice de área construída e intensa verticalização.
Este fenômeno, ilha de calor, está associado também aos maiores índices de poluição da atmosfera. Esta anomalia térmica associada à alta intensidade de poluição possibilita a ocorrência de doenças respiratórias a população mais idosa pode sofrer riscos fatais, principalmente nos que possuem problemas cardíacos.
No verão a variação térmica horizontal são menores, entretanto o aquecimento basal do ar interfere na condensação possibilitando uma intensidade maior de precipitação e, com a impermeabilização do solo, pode ocorrer enchentes prejudicando a vida dos cidadãos.

PROBLEMAS AMBIENTAIS


 Poluição atmosférica

    A ocupação desordenada do espaço, o crescimento demográfico, a expansão das cidades e dos complexos industriais têm sido um dos problemas mais sérios que o homem vem enfrentando nos últimos anos. A grande quantidade de poluentes que o homem lança na atmosfera diminui a qualidade de vida do homem, provocando ou agravando problemas de saúde. Alguns fenômenos naturais podem agravar a concentração de poluentes, trazendo ainda mais problemas para o homem. A atmosfera recebe, anualmente, milhões de toneladas de gases tóxicos, como monóxido de carbono, dióxido de enxofre, óxido de nitrogênio e hidrocarbonetos, além de partículas que ficam em suspensão. As principais fontes geradoras de poluição atmosférica são os motores dos automóveis, as indústrias (siderurgias, fábricas de cimento e papel, refinarias etc.), a incineração de lixo doméstico e as queimadas de florestas para expansão da lavoura.
Monóxido de carbono
    O monóxido de carbono (CO) é um gás incolor, inodoro, um pouco mais leve do que o ar e muito venenoso. Ele é produzido durante a queima incompleta de moléculas orgânicas, e sua maior fonte emissora são os motores a combustão dos automóveis.
    O monóxido de carbono tem a propriedade de se combinar irreversivelmente com a hemoglobina do sangue, inutilizando-a para o transporte de oxigênio. O indivíduo afetado por esse gás tem sintomas de asfixia, com aumento dos ritmos respiratório e cardíaco. A exposição prolongada ao monóxido de carbono pode levar à perda de consciência e à morte.

Matéria particulada no ar
   Nas cidades modernas há grande quantidade de partículas em suspensão no ar, produzidas principalmente pelo desgaste de pneus e freios de automóveis. Pastilhas de freio, por exemplo, liberam partículas de amianto, que podem causar doenças pulmonares.
    Grandes responsáveis pela produção de matéria particulada no ar são as siderurgias e as fábricas de cimento, estas últimas responsáveis pela liberação de partículas de sílica. A sílica, como o amianto, quando particulada no ar, é a causa comprovada de diversas doenças pulmonares, tais como fibroses e enfisemas.
O aumento de gás carbônico e metano na atmosfera
    A quantidade de gás carbônico, um dos principais causadores do efeito estufa, vem aumentando significativamente na atmosfera desde a Revolução Industrial, quando o homem começou a empregar a queima de combustíveis (carvão e petróleo) em larga escala, para produzir energia. Com isso, a concentração de gás carbônico no ar se elevou, nesses últimos 100 anos, de 0,029% para quase 0,04% da composição atmosférica, o que corresponde a um aumento da ordem de 38%.
    Embora sem estimativas precisas, sabe-se que a quantidade de metano presente na atmosfera também vem crescendo. Esse gás resulta da decomposição da matéria orgânica, e sua concentração na atmosfera aumenta proporcionalmente ao crescimento da população. Isso se deve à maior produção de lixo e esgotos e ao aumento das áreas de terrenos alagados, onde se cultiva arroz e há grande decomposição de matéria orgânica.
Possíveis conseqüências do efeito estufa
    O efeito estufa vem despertando apaixonadas polêmicas na Europa, nos Estados Unidos e no Japão. As pessoas demonstram preocupações quanto ao inverno, que já não parece ser tão frio como antigamente. As imagens de impacto mostram desertos se expandindo, cidades costeiras inundadas e grandes alterações climáticas. No Brasil o assunto ainda não ganhou maior destaque devido à existência de outros problemas ecológicos mais urgentes.
    Alguns cientistas acreditam que, se os gases que provocam o efeito estufa continuarem a se acumular na atmosfera, devemos esperar uma elevação de até 4° C na temperatura média mundial, nos próximos 50 anos.
    Um aumento dessa ordem provocaria grandes mudanças no clima da Terra. Nas regiões tropicais ocorreriam tempestades torrenciais. Nas regiões temperadas o clima poderia se tornar mais quente e seco. As regiões polares poderiam ter grande parte do gelo derretida, com elevação do nível dos mares e inundação de cidades litorâneas e planícies. Uma inundação da Amazônia, com submersão da floresta. Levaria à formação de uma imensa bacia de decomposição, o que produziria mais metano, acentuando ainda mais o efeito estufa.
    Entretanto, recentemente, alguns grupos de cientistas afirmaram que até o momento não há dados de que o efeito estufa esteja realmente ocorrendo. Dentro de alguns anos, porém, as medidas da temperatura em todo o mundo revelarão quem tem razão.
Destruição da camada de ozônio
    Na atmosfera terrestre, entre 12 e 50 Km de altitude, existe uma camada de gás ozônio. Esse gás envolve e protege o planeta da radiação ultravioleta, agindo como um verdadeiro "filtro solar". O ozônio (ou ozone) se forma a partir do gás oxigênio, sob ação da própria radiação ultravioleta solar.
    Nos últimos 10 anos, os cientistas notaram o aparecimento de dois grandes "buracos", isto é, regiões sem ozônio, na atmosfera. O buraco maior se localiza sobre o Pólo Sul, e chega a atingir uma área de 21 milhões de Km quadrados, mais do que o dobro da área do Brasil. O outro buraco, menor, localiza-se sobre o Pólo Norte.
    Acredita-se que a destruição da camada de ozônio seja conseqüência da liberação de gases denominados clorofluorcarbonos (CFCs) para a atmosfera. Desde 1930 gases desse tipo têm sido empregados na indústria, como, por exemplo, o freon, utilizado nos sistemas de refrigeração de geladeiras e aparelhos de ar condicionado. Outros gases do tipo CFC são usados na indústria de plásticos injetados, na indústria eletrônica e como propelentes nos tubos de aerossóis. Por serem extremamente leves, os ,CFCs vão para as altas camadas da atmosfera, onde atrapalham a reação de formação de ozônio.
Destruição da camada de ozônio. Cadeias alimentares e clima
    Medições recentes, feitas na Antártida, indicam uma grande aumento da mortalidade das algas marinhas do plâncton, principalmente entre os meses de setembro e dezembro, quando o buraco de ozônio atinge sua extensão máxima. Além do prejuízo para as cadeias alimentares marinhas, a morte das algas planctônicas também pode afetar o clima, uma vez que elas liberam dimetil-sulfeto, que auxilia a formação de nuvens.
    Mesmo sem Ter comprovação definitiva de que os gases CFCs são os causadores da destruição da camada de ozônio, 92 países, incluindo o Brasil, assinaram um documento comprometendo-se a parar completamente a produção de CFCs até o ano 2000.
Características do clima urbano
A cidade é um grande modificador do clima. A camada de ar mais próxima ao solo é mais aquecida nas cidades do que nas áreas rurais. A atividade humana, o grande número de veículos, indústrias, prédios, o asfalto das ruas e a diminuição das áreas verdes criam mudanças muito profundas na atmosfera local, modificando também a temperatura e as chuvas da região. A cidade tem formas complexas como prédios e ruas, que alteram tanto a quantidade. de. calor absorvido pela região como a direção e a velocidade dos ventos.O aumento do calor na cidade modifica a circulação dos ventos, a umidade e até as chuvas. Materiais impermeáveis como asfalto e concreto fazem a água da chuva evaporar do solo rapidamente, reduzindo o resfriamento. As partículas lançadas na atmosfera pelos carros e indústrias propiciam o aumento da quantidade de nuvens e conseqüentemente de chuvas.As cidades apresentam um alto índice de impermeabilização do solo, ou seja, a água das chuvas não penetra no solo devido ao asfalto e ao concreto das ruas.
 

CLIMAS DO BRASIL


O clima do Brasil é determinado pelo movimento das massas de ar que atuam no nosso território. É do encontro dessas massas de ar que vai se formando toda a climatologia brasileira.

EQUATORIAL

Caracteriza a região amazônica e abrange cerca de 40% do território brasileiro. Esse clima se caracteriza por apresentar elevadas médias térmicas anuais (24ºC a 27ºC), pequenas amplitude térmica, elevados índices pluviométricos (2000 mm a 2500 mm) sendo que as chuvas são bem distribuídas durante o ano.

TROPICAL

Corresponde ao clima da região central do Brasil. O clima apresenta médias térmicas elevadas o ano todo (20ºC a 28ºC) e o índice pluviométrico é alto (mais de 1500 mm anuais), porém concentrado no verão. Existe a presença de uma estação seca prolongada no inverno.

SEMI-ÁRIDO

Típico do Sertão nordestino e do norte de Minas Gerais, corresponde ao domínio da caatinga. As médias térmicas são bastante elevadas (25ºC a 30ºC) e as chuvas são escassas e irregulares. A falta de chuvas deve-se à dificuldade de penetração das massas de ar.  

TROPICAL DE ALTITUDE

A área de ocorrência corresponde às chamadas serras e planaltos do Leste e Sudeste, caracteriza-se por apresentar médias térmicas mais baixas, aproximadamente 20ºC durante o verão e elevados índices pluviométricos, com chuvas concentradas no verão.

TROPICAL ÚMIDO

Possui elevadas temperaturas durante o ano (24ºC a 28ºC) e também elevados índices pluviométricos (2000 mm anuais); ocupa toda a faixa do litoral oriental brasileiro, especialmente nas regiões Nordeste e Sudeste.
Apresenta-se chuvoso o ano inteiro com maiores índices no período de outono e inverno.

SUBTROPICAL
Típico do planalto meridional no Sul do país, é o que apresenta as maiores amplitudes térmicas, com um verão extremamente quente (em torno de 30ºC) e um inverno rigoroso, com eventuais ocorrências de neve. As chuvas, pouco intensas, são bem distribuídas ao longo do ano.    

VEGETAÇÃO



A cobertura vegetal do Brasil é tão grande e diversificadas que, apesar de toda devastação ocorrida, ela ainda é uma das maiores e mais ricas do mundo. Existem florestas, cerrados, caatingas, campos e complexos botânicos como principais tipos de vegetação.

Floresta Amazônica – abrange cerca de 3.360.000Km² do Brasil ou cerca de 4.700.000 Km² da América do Sul. Trata-se da mais extensa e rica floresta equatorial do mundo. E um floresta heterogênea, higrófila, latifoliada, perene e densa, cuja importância, inclusive mundial, é questionável sob todos os pontos de vistas: humano, econômico, ecológico, climático etc.

Mata Atlântica – Densa e exuberante floresta que ocupava no passado, quase a totalidade da encosta oriental do planalto Atlântico e que hoje só possui algumas manchas da vegetação primitiva. A extração de madeiras nobre, a ocupação humana (cidades) e econômica (cana-de-açúcar etc) destruíram a maior parte desta floresta.

Mata dos Pinhais – Floresta do planalto Meridional brasileiro, homogênea, de fácil penetração e possuidora de madeira de boa qualidade para a fabricação de papel, de moveis etc., foi também intensamente devastada.

Mata dos Cocais – Os babaçuais ou cocais ocupam grandes extensões do Meio-Norte brasileiro (Maranhão e Piauí), principalmente as partes mais úmidas. De grande utilidade regional, seu principal valor econômico está na produção do óleo. Além do babaçu, essa área apresenta outra palmeira, a carnaúba ou “árvore providencia”, mais freqüente a partir do Piauí em direção ao Ceará e Rio Grande do Norte. Dela, tudo se aproveita, embora o principal produto econômico seja a cera.

Cerrado – Vegetação característica da região Centro-Oeste e formada por arbustos associados à vegetação rasteira. A ocupação humana e econômica (agropecuária) do Centro-Oeste nas ultimas décadas, sobretudo a partir da construção de Brasília, foi muito grande e implicou também uma grande devastação do cerrado, vegetação que chegou a ocupar cerca de 2 milhões de Km² do país.

Caatinga – Vegetação característica do Sertão nordestino semi-árido. É formada por árvores e arbustos associados às cactáceas (xiquexique, mandacaru). O solo é geralmente arenoso e desprovido de gramíneas, o que, juntamente com a escassez de água, dificulta muito a prática da agropecuária. Esta atividade tende a se concentrar junto aos vales fluviais, açudes, pés de serras etc.

Campos – Vegetação formada por gramíneas e que aparece principalmente nas planícies e áreas de topografia destinada à prática da pecuária. Aparece no Rio Grande do Sul (Campanha Gaúcha), no Pantanal, na ilha de Marajó etc.



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